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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Alergia alimentar

Costumamos dizer que há certas pessoas que nos provocam alergia. Esse tipo de reação todo mundo conhece. Nesta matéria, que se trata dos danos e riscos da alergia ao organismo, as causas são outras. São medicamentos, pólen de plantas, fungos, poeira, mudanças de temperatura e, especialmente, certos alimentos.
Em todos os casos, são substâncias que disparam o alarme imunológico do organismo que, em resposta, reage com coceiras, irritações nos olhos e até problemas respiratórios graves.
Todos nós já sentimos na pele os efeitos de uma alergia. Ou temos parentes e amigos que sofrem com essa reação violenta do organismo. Tem gente que fica com a pele toda vermelha e cheia de coceiras ao comer uma fatia de pão com gergelim.
Os agentes que provocam a alergia são muitos e as manifestações alergias são incontáveis. O mecanismo é sempre o mesmo: nossos mecanismos de defesa, sempre atentos, interpretam algum agente físico, químico ou biológico como inimigo ameaçador. Para nos defender, o sistema imunológico reage como pode, disparando reações e ofensivas que vão provocar em nós desde simples coceiras até problemas respiratórios graves.
É muito importante observar que os maiores causadores de alergia não são alimentos exóticos ou estranhos ao nosso cardápio. Os que mais frequentemente disparam os alarmes de nosso sistema imunológico são comidas que estão nas nossas mesas, quase todos os dias, como ovos, carne, trigo, leite e derivados. Acredita-se que Hipocrates, ainda na Grécia antiga, tenha sido o primeiro a descrever a alergia alimentar ao leite de vaca, alertando que seu consumo poderia causar alterações digestivas e urticárias.
Já em anos contemporâneos, em 1901, foi o pesquisador Hambúrguer o primeiro a descrever as reações graves do leite de vaca em crianças. Em 1905, outro pesquisador, Schlossmann, descreveu os sintomas apresentados durante sensibilização ao leite de vaca e descreveu a ação antígeno-anticorpo como responsável por essa reação. Ainda neste ano, foi descrita a primeira reação fatal ao leite de vaca. As defesas do corpo saíam no combate a corpos que sentiam como estranhos e acabavam matando o próprio organismo.
Sabe-se hoje que, quanto mais rico em proteína for o alimento, maiores serão as chances de desenvolver o processo alérgico. Quando uma célula metaboliza a proteína (no caso, seu componente, o aminoácido), o primeiro produto eliminado é a amônia, altamente tóxica. Em geral, a amônia é rapidamente convertida em uréia e acido úrico, menos tóxicos, porém algumas pessoas podem ter alergia a esses compostos.
As reações alérgicas podem ser herdadas ou adquiridas. Qualquer pessoas que apresentar tendência à alergia especifica (a determinado fator) pode ser sensível também a outros tipos de alimentos.
A incidência de alergia alimentar em bebês e criança vai de 0,3% a 20%. Em adultos, de 1% a 3%. Podem ocorrer reações imediatas (um minuto a duas horas após a ingestão do alimento) ou retardadas.
O leite de vaca é o alimento que causa as alergias mais comuns em bebês. Em estudos das reações ao leite de vaca realizada com três grupos de bebês, os sintomas ocorrem em 53% deles. Caracterizavam-se por palidez, vômitos e diarréia de 45minuots a 20horas após a ingestão do alimento.
É muito importante ficar atento ao início das reações.
Leia atentamente o rótulo dos alimentos. Quando identificar algum caso de alergia, verifique o cardápio servido. Acompanhe a preparação dos alimentos para excluir a possibilidade de contato com alérgicos que não fazem parte da receita.
Para bebês, insista no leite materno como melhor meio de garantir saúde e evitar alergias. Para as mães que estão amamentando, insista na importância de evitar os alimentos mais frequentemente provocam alergias.
Lembre-se de que a reação alérgica é a manifestação do organismo que sai em nossa defesa quando suspeita de um elemento estranho. Preste atenção a ela é uma forma de vigiar nossa saúde.

fonte: http://sacrahome.net/oestadotriangulo/noticias/dicas_de_saude_1055

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